Cinema de excessos: aproximações e distinções entre a pornochanchada e o sexploitation
Resumo
Esse artigo pretende discorrer sobre as teorias do excesso no tangente ao campo cinematográfico. A princípio, buscou-se definir as disputas correntes nos estudos sobre o excesso cinematográfico: definimos o excesso enquanto uma economia estética que transborda a ordem da mise-en-scène causando estranhamento; economia essa que descende de uma matriz cultural popular e massiva, constitutivamente ambivalente, e está intimamente relacionada às práticas de mediação cultural e artística da modernidade. Ao fim, dada a devida contextualização do cenário brasileiro, tentamos realocar os estudos sobre a pornochanchada nesse arcabouço do excesso e da popularização do cinema de gênero, a fim de distinguir entre aproximações e distinções que cabem a essa produção do cinema nacional e alguns de seus similares internacionais, afamados pelo subgênero sexploitation.