Diálogo de saberes, Buen Vivir e comunicação participativa:

pensando a mudança social na era pós-pandêmica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-58442025101pt

Palavras-chave:

Comunicação participativa, Buen Vivir, Diálogo de saberes, Comunidade, Mudança social

Resumo

Nesta entrevista, Thomas Tufte explora o conceito de Buen Vivir, originário das culturas indígenas andinas, destacando sua complexidade e variações na América Latina e Europa. Ele enfatiza a importância do diálogo de saberes e da criação de espaços de confiança para promover a comunicação para a mudança social, ressaltando o papel crucial das comunidades nesse processo. Tufte também aborda a necessidade de fortalecer a comunicação comunitária para combater as desigualdades na mídia. Além disso, ele discute a influência da grande mídia, o oportunismo desta em relação ao mercado e a importância da legislação para garantir uma mídia mais igualitária. Tufte reconhece o potencial das plataformas digitais para ampliar vozes, mas alerta para as lógicas comerciais das grandes corporações, enfatizando a necessidade de educação digital e regulação adequada. Na perspectiva pós-pandêmica, ele vê oportunidades de mudança, especialmente com o envolvimento dos movimentos sociais, enquanto destaca a crise climática como um novo desafio. Quanto à comunicação participativa, ele a considera mais do que uma ferramenta, sendo um objetivo em si mesma, e relaciona-a à pedagogia de Paulo Freire. Tufte sugere, ainda, que a discussão sobre desenvolvimento e mudança social deve começar pela sociedade desejada, enfatizando a importância do pluralismo e da flexibilidade na abordagem da comunicação e mudança social.

Biografia do Autor

Dra Veneza Ronsini, Universidade Federal de Santa Maria

Professora Titular do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Pesquisadora PQ2 do CNPq. Coordena o grupo de pesquisa Usos Sociais da Mídia (CNPq). Estágio sênior na Nottingham Trent University (Inglaterra), com bolsa Capes. Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo com bolsa-sanduíche (Capes) na University of California,USA. Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria. Desde 2007 integra o Observatório Brasileiro de Ficção Televisiva. Coordenou o Acordo de Cooperação entre UFSM e Karlstad University (Suécia) de 2013 a 2017, com organização de seminário e workshop na Karlstad e seminário na Universidade de Estocolmo. Coordenou o GT Estudios de Recepción da ALAIC de 2009 a 2012; coordenou o GT de Recepção, Usos e Consumo midiáticos da COMPÓS no período 2008-2009.Integrante do grupo CAPES- PrInt, como membro do projeto Informação e Tecnologias (2017 -2022) contemplado no edital CAPES PrInt n. 41/2017. Na área de Comunicação investiga os seguintes temas e objetos: Mídia, classe social e gênero; Recepção e consumo do audiovisual; Consumo e identidades juvenis; Usos das tecnologias da comunicação e vida cotidiana; Tecnologias da comunicação e comunidades autossustentáveis; Etnografia crítica do consumo.

Laura Foletto, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda e Mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Federal de Santa Maria. Graduada em Comunicação Social - Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria. Áreas de interesse: estudos culturais, recepção televisiva (telenovela), relações de gênero, interação, fãs, participação em rede, redes sociais. mídia e identidade, migrações, interculturalidade, mudança social, sustentabilidade, meio ambiente, comunicação para a mudança.

Marco Marão, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorando em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na linha Mídia e Identidades Contemporâneas, com período sanduíche na Loughborough University London, sob supervisão do professor Thomas Tufte (PhD), e Mestre em Comunicação pelo mesmo programa. Graduado em Comunicação Social - Cinema Digital pela Universidade Metodista de São Paulo. É integrante do grupo de pesquisa ''Usos e não-usos das tecnologias da comunicação e o sentido da vida em comum'' (UFSM/CNPq). Tem interesse de pesquisa nos seguintes temas: estudos de recepção e consumo midiáticos; usos de tecnologias de comunicação; comunicação e comunidade; comunicação para a mudança social; sustentabilidade; mídia e classe social; mídia e novos movimentos sociais; mídia e identidades juvenis; mídia e estudos de fãs.

Rafael Medeiros, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Atualmente é Programador de Rádio e Televisão na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), membro do Grupo de Pesquisa Usos Sociais da Mídia (UFSM) e do Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo (ConJor - UFOP). Filiado à Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (Alcar). Investiga os seguintes temas e objetos: Mídia e comunidades autossustentáveis; recepção e consumo radiofônico; radiodifusão universitária; radiodifusão local; identidades e representações cotidianas

Publicado

02-04-2025

Como Citar

MAYORA RONSINI, V.; RORATTO FOLETTO, L.; MARÃO, M.; FERREIRA MEDEIROS, R. Diálogo de saberes, Buen Vivir e comunicação participativa:: pensando a mudança social na era pós-pandêmica. Intercom - Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 48, p. e2025101, 2025. DOI: 10.1590/1809-58442025101pt. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/4647. Acesso em: 24 abr. 2025.

Edição

Seção

Entrevistas - Diálogos Midiológicos