Este texto traz à discussão as relações entre a ética de artistas e a experiência estética de uma parcela dos jovens brasileiros, com o objetivo de investigar se o conhecimento prévio da vida pessoal de artistas interfere na fruição das obras, sejam fílmicas, literárias, gráficas, plásticas e musicais, entre outras. Para tanto, além do diálogo com autores que discutem questões éticas, morais e a transcendência das obras de arte, como Franklin Leopoldo, Chauí, Bourdieu e Nietzsche, foi realizada uma pesquisa exploratória, quantitativa, com um grupo de jovens com idades entre 18 e 30 anos, geração considerada mais engajada em movimentos sociais, principalmente a partir de 2013, para verificar se, do mesmo modo que evitam o consumo de produtos ou de marcas consideradas antiéticas, também deixam de ter experiências com as obras de arte ao tomar conhecimento de comportamentos/atitudes de artistas (criadores ou intérpretes) que sejam contrárias aos preceitos éticos/morais da sociedade em que vivem.
Biografia do Autor
Carolina Hidaka Chaim, CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SO PAULO.
Graduanda de Publicidade e Propaganda no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (FEBASP).
Maria Cristina Dias Alves
Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Docente das disciplinas Redação Publicitária I, II e III no curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (FEBASP) e docente colaboradora na ECA/USP.