Mulher e patriarcado no jornalismo: o jogo discursivo da revista IstoÉ sobre Dilma Rousseff

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Resumo

O presente estudo objetiva analisar reportagem da revista IstoÉ para compreender se tal veículo atua como aparelho ideológico, reforçando estereótipos sobre a imagem da mulher. As reflexões são embasadas na teoria da Análise de Discurso (AD) de linha francesa, como referencial teórico-metodológico, cuja autora mais representativa, no Brasil, é Eni Orlandi. Também se utilizou referencial teórico da área do jornalismo Ramonet (2013), Lage (2001), Traquina (2005) e Silva (2013) e referencial teórico sobre a representatividade da mulher no jornalismo. Os resultados apontam que, na reportagem “Uma presidente fora de si”, a imagem da mulher é de transtornada e desiquilibrada emocionalmente, o que reforça estereótipos de que as mulheres são histéricas e fracas emocionalmente para cargos de lideranças. Formação ideológica que enfraquece a luta feminina e coloca a revista, em estudo, como instrumento que perpetua, de certa forma, a violência simbólica contra a mulher.

Biografia do Autor

Hevelin Bentes Reis, Universidade Federal do Amazonas

Jornalista pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM

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Publicado

2023-12-29

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Artigos