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Resumo

A VIGÉSIMA NONA

Contribuir para a disseminação do conhecimento científico produzido e fortalecido a partir dos nossos estudantes de graduação é algo diferente, importante e de relevante impacto social e acadêmico. Nesse sentido, esta edição nos traz ricas discussões resultantes de investigações e iniciativas que procuram encontrar soluções a partir de diferentes caminhos teóricos para as análises. Sempre importante situar também o papel de construção que temos aqui na Iniciacom. Os artigos que participam da revista são recebidos, analisados e encaminhados para avaliações com pareceristas previamente cadastrados. Os pareceres são realizados por integrantes da academia que estão ou já possuem formação em nível de stricto sensu (mestrado/doutorado), e são orientados a desenvolver um processo de avaliação construtivo que permita, a quem enviou o artigo, ter a oportunidade de ajustar e qualificar o seu texto.

Por isso, sempre é importante reforçar que todo o processo de publicação permite, então, auxiliar os/as jovens pesquisadores em eventuais adequações necessárias em seus artigos. É a trilha do conhecimento, do incentivo à realização e à disseminação de pesquisas. É a Iniciacom que faz pulsar com força entre os estudantes de graduação da área os processos de investigação científica. Fica o convite para todos aqueles e aquelas que podem fazer parte dessa história e contribuir com as Ciências da Comunicação. O envio de artigos para publicação é em fluxo contínuo e as edições são publicadas em março, junho, setembro (dossiê com a temática dos congressos da Intercom) e dezembro.

Na atual edição, temos uma diversificada teia de conhecimentos: pesquisas sobre telenovela, música, eleições 2022, propaganda digital, diplomacia pública, canais de divulgação científica, relações públicas, campanhas institucionais de conscientização e os sentidos da imagem. Que seja uma excelente leitura, repleta de entrelaçamentos, descobertas e estímulos ao fazer, ao disseminar e ao construir as ciências da comunicação.

Uma sugestão é você iniciar a jornada de sua leitura pelo texto “Rosalía canta identidade e cultura: uma análise sobre o discurso do álbum El mal querer (2018)”. Gabriela Laughton Ferreira e Gustavo Souza Santos abordam questões de linguagem discursiva, mensagem de empoderamento e representantividade de aspectos sociais no álbum El Mal Querer (2018), da cantora catalã Rosalía. O estudo foi desenvolvido por meio de um aporte documental e análise de conteúdo, investigando faixas e videoclipes que compõem a obra da artista espanhola. O resultado apontado por Gabriela e Gustavo indicam uma artista madura e com controle sobre sua arte e as discussões geradas por ela.

 

Em sua trajetória de leitura, inclua o artigo “O papel do WhatsApp nas eleições de 2022: uma análise do bolsonarismo”, de autoria de Felipe Erlich e Carlos Eduardo Souza Aguiar. Ao acompanhar durante dois meses um grupo de WhatsApp pró-Bolsonaro, Felipe e Carlos realizaram a coleta de dados para o artigo envolvendo mais de 12 mil mensagens de texto. A investigação, que usa a observação netnográfica enquanto princípio metodológico, esta relacionada à atuação da militância na rede e à recepção por parte dos participantes em relação aos conteúdos abordados.

Mostrando a diversidade de temas que compõem as discussões científicas no âmbito da comunicação, essa edição também apresenta no artigo de André Duarte da Silva, Francisca Camila Ferreira Oliveira, Heitor Pinheiro de Rezende, Kênia Bruna da Silva e Maria Helena de Medeiros uma discussão sobre as fazendas de cliques, a partir dos efeitos do Astroturfing. O texto “O impacto do Astroturfing nas relações midiáticas: uma análise das fazendas e cliques na publicidade e propaganda digital” foca nas questões dessa prática e suas consequências para a reputação da marca e relação com o público. Os (as) autores utilizam a pesquisa bibliográfica para realizar o estudo.

Nossos dois próximos textos têm como enfoque a áreas das Relações Públicas. O primeiro, “A Nova Diplomacia Pública como conceito de interesse das Relações Públicas Internacionais” é de autoria de Brandy Aguiar e Guibson Dantas. A abordagem envolve a construção de estratégias de comunicação a partir da Nova Diplomacia Pública e seus impactos em processos internacionais, de caráter público, político e estratégico. O segundo, traça uma abordagem investigativa bem importante, porque envolve o profissional de Relações Públicas, suas ações e impactos em campanhas de conscientização pública para incentivo à vacinação. O texto “Relações Públicas e campanhas de conscientização à vacinação: o papel educativo da comunicação” tem como autoras Sarah Yuki Takakuwa e Roseane Andrelo.

Para concluir a sua jornada de imersão em novos conhecimentos, convidamos para a leitura dos textos “Minuto da Terra: a inteligência da natureza e a ignorância humana através da animação”, de autoria de Giulia Michelotto Cordeiro, “O Abebé Ancestral: ancestralidade Ijexá em um material educativo”, de Paulo Roberto Ferreira Filho e Betânia Maria Vilas Bôas Barreto, e “Tropa da Lacoste: articulações entre rap, funk e o consumo periférico da grife no Brasil”, de Júlia Silva Guedes e Ana Júlia de Freitas Carrijo. Giulia analisa, a partir dos estudos da semiologia, como um canal on-line de divulgação científica estabelece junto aos (as) internautas processos de significação. Paulo e Betânia destacam a relação entre audiovisual e aprendizado no gênero documentário a partir do filme “O Abebé Ancestral” enquanto material educativo afrocentrado aliado para o combate ao racismo e ao preconceito racial. A contribuição que Julia e Ana Júlia apresentam, nesta edição da Iniciacom, envolve os sentidos de imagem produzidos por marcas, por suas apropriações periféricas e como, tendo a perspectiva da Análise Cultural de Stuart Hall como metodologia, produzem novos sentidos para a imagem da Lacoste no Brasil.

Antes de encerrarmos, precisamos agradecer e reconhecer todo o esforço, dedicação e companheirismo de quem se envolve com a Iniciacom. Sejam os (as) autores (as), por meio do envio dos artigos, quem está com a gente no processo de avaliação, ou, nossa equipe que não mede esforços e se dedica voluntariamente para gerenciar todo o processo da publicação. Temos a convicção de que essas preciosas contribuições auxiliam com força e empoderamento que faz da ciência em comunicação um percurso na busca por uma sociedade que tenha e defenda valores igualitários, plurais, participativos e com respeito ao (a) outro (a).

Que possamos, sempre, estarmos juntos na construção de novos saberes e na efetivação de diálogos cada vez mais intensos e poderosos no âmbito da Ciência da Comunicação.

A vocês, uma ótima leitura.

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Publicado

2024-07-17

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Apresentação