Pinóquio sem Final Feliz

Fantasia e luto em A.I.: Inteligência Artificial (2001)

Autores

  • Fabio Luciano Francener Pinheiro UNESPAR

Resumo

Um dos cineastas mais conhecidos na história do cinema, Steven Spielberg tem uma carreira desenvolvida no cinema de gêneros, com seus códigos bem demarcados e conhecidos do grande público. De sua vasta filmografia, A.I.: Inteligência Artificial (2001) fornece um rico material para abordar a construção de uma narrativa que circulou como Ficção Científica, mas que em sua base estrutural é uma Fantasia. Este texto se propõe a ler o A.I. de Spielberg como uma adaptação do livro Pinóquio, de Carlo Collodi, enquanto empreendimento que começou com outro cineasta, Stanley Kubrick. Identificamos não apenas o jogo de referências de enredo e personagens, mas como a diegese do filme incorpora elementos do livro em seu desenvolvimento, como no caso da busca pela Fada Azul.  Após a introdução ao debate sobre as possibilidades de categorização do filme, trazemos o conceito de ruptura ontológica (Fowkes, 2010) para demarcar a nossa leitura, que será enriquecida ainda com a noção de filme de luto (mourning film).

Biografia do Autor

Fabio Luciano Francener Pinheiro, UNESPAR

Professor Adjunto da Graduação em Cinema da UNESPAR Curitiba II. Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Artes e Comunicações da Universidade de São Paulo e Mestre em Ciências da Comunicação pela mesma instituição.

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Publicado

2022-08-21

Edição

Seção

Artigos