Da escuridão à luz: reflexões sobre a obsessão em I'll Be Gone in the Dark (2020)
Autores
Bernardo Demaria Ignácio Brum
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Seane Alves Melo
Anhembi Morumbi University
Resumo
Este trabalho examina como a série I’ll Be Gone in the Dark (2020) situa-se em um limiar curioso do documentário true crime, tradicionalmente centrado em vítimas, deslocando-se rumo a uma narrativa de cunho mais pessoal. Isto é, em vez de focar nos crimes de Joseph James DeAngelo, o “Golden State Killer”, a série narra a obsessiva investigação da autora Michelle McNamara. A partir de uma pesquisa bibliográfica, analisamos se o true crime, assim como convencionado por Punnet (2017), pode operar como uma “escrita de si”, conforme Foucault (1983), e consideramos se McNamara realiza um exercício de empatia, descrito como Paul Ricoeur (1997) como “história das vítimas”. Por fim, utilizando o conceito de “poética documentária” ou “pós-ficção” de Steiner (1988), concluímos preliminarmente que o true crime, ao se apropriar de técnicas jornalísticas, cria narrativas de suspense habitando um limiar entre jornalismo e o entretenimento.
Biografia do Autor
Bernardo Demaria Ignácio Brum, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Doutorando em Comunicação pela UERJ, formado em Jornalismo pelo Centro Universitário Carioca e Mestre em Comunicação Social pela Uerj. Bolsista Capes.
Seane Alves Melo, Anhembi Morumbi University
Pesquisadora de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (PPGCOM-UAM), com bolsa Capes (PDPG).
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Como Citar
Da escuridão à luz: reflexões sobre a obsessão em I’ll Be Gone in the Dark (2020). (2025). INSÓLITA - Revista Brasileira De Estudos Interdisciplinares Do Insólito, Da Fantasia E Do Imaginário, 4(2), 133-149. https://revistas.intercom.org.br/index.php/insolita/article/view/4956