O som do ódio: explorando o uso das letras da música hatecore como estratégia de recrutamento pelo Movimento da Força Branca

Autores

  • Belio Antonio Martinez Jr.
  • Andy Selepak

DOI:

https://doi.org/10.1590/rbcc.v37i2.2114

Palavras-chave:

Comunicação Estratégica. Movimento Social. Música hatecore. Skinheads racistas. Poder.

Resumo

Este estudo utiliza a “Grounded Theory” para examinar o uso de letras de músicas hatecore como uma Comunicação estratégica para difundir ideologia skinhead. Os resultados indicam que as letras retratam as minorias étnicas e religiosas, e os homossexuais como inferiores e subumanos. Os judeus, o governo e os brancos que se opõem à ideologia skinhead são descritos como parte do problema. As letras são usadas para recrutar brancos marginalizados para o movimento, definindo-os como impotentes e perdendo poder enquanto “outros” o ganham. Também os recrutam por meio de mensagens positivas de orgulho racial branco. Como acontece com outros movimentos sociais, os resultados indicam que o poder desempenha um papel central na definição do problema que enfrentam os brancos marginalizados, a causa dos problemas, e as soluções prescritas encontradas nas letras das músicas hatecore.

Biografia do Autor

Belio Antonio Martinez Jr.

Professor adjunto doutor em Comunicação pela Faculdade de Jornalismo e Comunicações da Universidade de Flórida (UF), Gainesville-Flórida, EUA. Pesquisador visitante em Comunicação para Desenvolvimento Social do Programa de Estudos de Pós-Graduados em Marketing e Comunicação da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP.

Andy Selepak

Professor adjunto doutor e diretor do Programa de Mestrado em Medias Sociais da Faculdade de Jornalismo e Comunicações da Universidade da Flórida, Gainesville-Flórida, EUA.

Publicado

27-11-2014

Como Citar

MARTINEZ JR., B. A.; SELEPAK, A. O som do ódio: explorando o uso das letras da música hatecore como estratégia de recrutamento pelo Movimento da Força Branca. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 37, n. 2, 2014. DOI: 10.1590/rbcc.v37i2.2114. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/2114. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos