A invenção dos tweens: juventude, cultura e mídia
DOI:
https://doi.org/10.1590/rbcc.v37i2.2115Palavras-chave:
Tweens. Pré-adolescentes. Autonomia. Subjetividades. Modernidade.Resumo
Na primeira década deste século, uma profusão de discursos midiáticos, no contexto brasileiro, celebrava a imagem de crianças sabidas que consomem “feito gente grande” e abastecem os adultos de conhecimento tecnológico. Este é o ponto de partida para investigar a criação recente dos tweens, meninos e meninas entre a infância e a adolescência, desnaturalizando essa suposta fase da vida e apresentando uma gênese desse sujeito pré-adolescente, a partir das condições de possibilidade de sua emergência, no âmbito de uma cultura juvenilizada. Com base em pesquisa bibliográfica e a partir da compreensão foucaultiana de subjetividade, o artigo sublinha argumentos que vinculam as transformações na concepção do indivíduo moderno ao surgimento de novas tecnologias de subjetivação na contemporaneidade, articulando-as aos discursos midiáticos constituintes dos tweens. Tais processos comunicacionais conferem voz às crianças, colaborando, assim, para a construção social de sua autonomia.
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