A visão da grande mídia sobre a revolução Fintech
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-58442023203ptPalavras-chave:
Fintech, Setor financeiro, Tecnologia, Mídia, RSCResumo
As fintechs têm sido apresentadas pela grande mídia internacional como revolucionárias e uma ameaça à indústria bancária tradicional. Este artigo explora como essa imagem é construída. Concebidas para ampliar o acesso ao sistema bancário, as fintechs deveriam seguir parâmetros de responsabilidade social e preencher uma lacuna de mercado deixada pelos bancos. Escolhemos analisar a mídia por seu caráter de barômetro da percepção e compreensão de lógicas específicas (LOK, 2010). Analisamos artigos do New York Times e do Financial Times durante 24 meses. Os artigos mostraram que a mídia, ao tratar das fintechs, utiliza expressões como “ameaça”, “competição”, “ruptura”, “revolução” e, com bem menos ênfase, as consequências sociais. Nossa análise encontrou um discurso ambíguo de racionalização de mercado em uma tentativa de alinhamento das práticas à Responsabilidade Social Corporativa (RSC) em uma indústria em construção.
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