Ciências da comunicação contra a desinformação: a favor do jornalismo e da democracia

Autores

  • Juliana Paula Fernandes Alves UFPB
  • Geovanna Teixeira Nascimento Universidade Federal da Paraíba
  • Fabiana Cardoso de Siqueira Universidade Federal da Paraíba
  • Norma Maria Meireles Macedo Mafaldo Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Nos últimos anos, a forma como produzimos e consumimos notícias mudou. Com o advento das plataformas sociais digitais, a informação é transmitida tão velozmente quanto um vírus. E neste ambiente, por muitas razões, a desinformação tem um alcance superior ao da imprensa, se configurando como uma ameaça ao jornalismo e, principalmente, à democracia.

Consciente dos efeitos desastrosos da superindústria da desinformação, o jornalista e professor Eugênio Bucci afirma, no entanto, que não estamos diante de um dilema sem solução. Para ele, no contexto em que vivemos, uma intervenção eficaz contra a desinformação passa pela regulação do mercado das redes digitais. Nesta entrevista, Bucci reflete sobre as ciências da comunicação contra a desinformação, a favor do jornalismo e da democracia.

Eugênio Bucci é professor titular na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Ele desenvolve pesquisas nas áreas de informação e cultura democrática, ética e imprensa, comunicação pública e superindústria do imaginário. Entre outros reconhecimentos, recebeu o prêmio Excelência Jornalística da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em 2011, o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa (2013) pela Revista de Jornalismo ESPM e foi homenageado na edição de 2017 do Prêmio Especialistas - Negócios da Comunicação.

Escreveu, entre outros livros, O Estado de Narciso (2015) e A forma bruta dos protestos (2016), ambos pela Companhia das Letras, Existe democracia sem verdade factual? (2019), pela Editora Estação das Letras e Cores e A Superindústria do Imaginário (2021), pela Editora Autêntica.

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Publicado

2022-09-07

Edição

Seção

Entrevista