Biopolítica, ordem discursiva e Comunicação

Autores

  • Marcio Acselrad

DOI:

https://doi.org/10.1590/rbcc.v37i2.2121

Palavras-chave:

Biopolítica. Discurso. Comunicação. Poder. Desejo.

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo mapear o tema da ordem discursiva em sua relação biopolítica com o campo da Comunicação. Utilizando o método de pesquisa bibliográfica, partimos da premissa foucaultiana de que a ordem do discurso é essencialmente uma ferramenta de poder, antes de uma aproximação com a verdade. Desta forma, intentamos dissecar o problema da institucionalização da linguagem e, consequentemente, da Comunicação. Ao se institucionalizar o desejo, este se vê forçado a se manifestar sob a forma aparentemente translúcida do discurso, no qual inicia-se o império disciplinar da biopolítica, que limita a forma de satisfação do desejo tão somente à alçada institucional. A biopolítica, forma moderna de controle das multidões, se dá pelo controle do individuo, de seu corpo e de seu espírito, passando, portanto, necessariamente pelo controle do discurso. Pudemos assim concluir que não é qualquer discurso que terá validade, apenas aqueles moldados e codificados à maneira da instituição, por ela providos de poder e capazes de bem nomear, deixando-se desta forma de fora muito do potencial desejante, dialógico e comunicacional.

Biografia do Autor

Marcio Acselrad

Professor Doutor dos Cursos de Publicidade e Propaganda e de Jornalismo do Centro de Ciências da Gestão e da Comunicação da Unifor – Universidade de Fortaleza. Fortaleza, Ceará- Brasil.

Publicado

27-11-2014

Como Citar

ACSELRAD, M. Biopolítica, ordem discursiva e Comunicação. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 37, n. 2, 2014. DOI: 10.1590/rbcc.v37i2.2121. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/2121. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Arena