O poder criativo do net-ativismo de povos originários no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-58442022121ptPalavras-chave:
Povos originários, Indígenas, Net-ativismo, Narrativa, Mídia ÍndiaResumo
Pesquisas indicam a disseminação, pelo jornalismo industrial, de estereótipos e visões discriminatórias que tendem a não favorecer políticas de afirmação de direitos dos povos originários no Brasil. Nota-se, no entanto, a escassez de estudos sobre como os povos originários têm explorado as tecnologias para se comunicar e enfrentar tais visões. Este artigo busca contribuir para suprir essa lacuna, ao apresentar os resultados de um estudo sobre o tema, que teve o objetivo de produzir conhecimento científico sobre a presença na rede social Instagram do coletivo de indígenas Mídia Índia, por meio da metodologia de análise da narrativa aplicada sobre 31 postagens selecionadas de 2019 que dialogam com estereótipos e visões pejorativas hegemônicas. Os resultados sugerem que o movimento se diferencia por dialogar de forma criativa com estereótipos, questionando-os de modo a suscitar reflexões e desconstruções.
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