Os Media em Portugal: Novas Formas de Concentração
DOI:
https://doi.org/10.1590/rbcc.v17i2.845Palavras-chave:
Comunicação, Educação, TelevisãoResumo
A concentração de propriedade e/ou controlo tem sido uma das características no panorama mediático português. Antes da revolução de 1974, os media estavam essencialmente nas mãos de poderosos grupos econômicos, próximos do regime. Depois da revolução, importantes transformações tomaram lugar: a censura foi abolida e a liberdade de expressão foi legalmente garantida. No entanto, a televisão continuou a ser directamente controlada pelo governo, as rádios nacionais continuaram a ser propriedade do Estado ou da Igreja e os principais jornais foram nacionalizados. Esta situação só veria a ser alterada no final dos anos 80, com a intensificação do debate sobre a televisão privada e com o programa de privatizações do governo que incluiria todos os jornais do sector público e uma rádio. O caso português mostra claramente que a concentração dos órgãos de comunicação não está necessariamente ligada a benefícios econômicos. Num país onde os media são pouco rentáveis e onde existe uma longa tradição de controlo político, é natural que a influência política e ideológica continue a ser um dos principais objectivos dos grupos multi-media.Downloads
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