Divulgação científica para a imprensa

o modelo híbrido dos textos da Agência Bori com base em cinco perguntas essenciais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1809-584420222120pt

Palavras-chave:

Jornalismo científico, Divulgação científica, Modelo textual, Jornalismo, Percepção social da ciência

Resumo

Nove em cada dez brasileiros não sabem dizer o nome de uma instituição que faça pesquisa no país ou de um cientista brasileiro (CGEE, 2019) – o que escancara a necessidade de estratégias para conectar a imprensa e a ciência no Brasil. É nesse campo que se insere a Agência Bori, iniciativa que dissemina estudos científicos brasileiros para jornalistas de todo o país e os explica por meio de texto híbrido, que se coloca entre um press release e um texto noticioso. No presente artigo, apresentamos a construção do modelo híbrido de texto de divulgação científica da Agência Bori com base em cinco perguntas essenciais: Qual principal achado da pesquisa? Como a pesquisa foi feita? Como os resultados mudam a vida das pessoas? Como os resultados mudam o que já se sabia na área do conhecimento? O que acontece agora diante dos resultados/conclusões? Experiências preliminares de monitoramento da repercussão dos estudos disseminados para a imprensa mostram que o modelo tem boa aceitação no meio jornalístico.

Biografia do Autor

Sabine Righetti, Universidade Estadual de Campinas. Campinas – SP, Brasil

Pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp) nas áreas de cultura científica e percepção pública da ciência. Jornalista, doutora em política científica e tecnológica pela Unicamp com passagens pela Universidade de Michigan e Stanford. É professora da Especialização em Jornalismo Científico e do Mestrado em Divulgação Científica e Cultural do Labjor-Unicamp, onde coordena o Grupo de pesquisa “#TemCiêncianoBR: produção científica brasileira e sua disseminação”. É co-fundadora da Agência Bori.

Natália Martins Flores, Agência Bori. Campinas – SP, Brasil

Jornalista, gerente de conteúdo da Agência Bori, doutora em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), tem pós-doutorado na área de Comunicação, nas linhas de pesquisa de Estratégias Comunicacionais (UFSM) e Comunicação de Ciência e Divulgação Científica (Unicamp). Ela tem experiência com análise de discurso e de linguagem, tendo realizado estágio doutoral na Université Sorbonne IV, em Paris. Ela colabora com o grupo de pesquisa “#TemCiêncianoBR: produção científica brasileira e sua disseminação” (Labjor-Unicamp).

Fernanda Quaglio de Andrade, Universidade Estadual de Campinas. Campinas – SP, Brasil

Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, é pesquisadora de iniciação científica na área de Jornalismo Científico, no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp), com bolsa fomentada pelo Instituto Serrapilheira. Estuda a cultura científica e a percepção pública da ciência nacional “#TemCiêncianoBR: produção científica brasileira e sua disseminação”.

Ana Paula Morales, Universidade Estadual de Campinas. Campinas – SP, Brasil

Pesquisadora, jornalista e co-fundadora da Agência Bori. Biomédica com mestrado em Farmacologia, ambos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), tem especialização em Jornalismo Científico pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor-Unicamp), onde é pesquisadora associada. Faz pesquisas na área de percepção pública e comunicação social da ciência. Foi editora-executiva da revista Ciência & Cultura (2017-2021), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Faz doutorado em Política Científi ca e Tecnológica no DPCT-Unicamp.

Publicado

05-12-2022

Como Citar

RIGHETTI, S.; FLORES, N. M.; ANDRADE, F. Q. de; MORALES, A. P. Divulgação científica para a imprensa: o modelo híbrido dos textos da Agência Bori com base em cinco perguntas essenciais. Intercom - Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 45, p. e2022120, 2022. DOI: 10.1590/1809-584420222120pt. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/4287. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos