Todos nascemos nus e o resto é drag: performatividade dos corpos construídos em sites de redes sociais

Autores

Palavras-chave:

RuPaul's Drag Race, Redes Digitais, Performatividade, Queer, Gênero

Resumo

O artigo analisa os modos como o programa RuPaul's Drag Race desdobra-se através de plataformas digitais visando a compreensão das performatizações de self e, em consequência, de gêneros, que são acionadas nesses processos marcados pela convergência e pelo espalhamento mediático. Através de um uso experimental da análise de construção de sentidos em redes digitais, são tecidas inferências sobre os comentários da página oficial do programa e da página criada por fãs brasileiros RuPaula - ambas do Facebook. A primeira parte do texto problematiza noções de performance, self e performatividade do sexo/gênero, intuindo as maneiras como no contexto dos media tais processualidades têm suas potências semióticas intensificadas, podendo romper com quadros (hetero)normativos. Na segunda parte, os materiais analisados permitem visualizar um jogo de performances que fazem pensar em uma pretensa semiodiversidade que é instaurada em redes específicas mobilizadas pelo reality.

Biografia do Autor

Ronaldo Henn, Unisinos

Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUCSP, professor/pesquisador do PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos. Pesquisador do CNPq e coordenador do LIC, Laboratório de Investigação do Ciberacontecimento. Participa de projetos financiados pela Capes e CNPq.

Felipe Viero Kolinski Machado, Bolsista de Pós-Doutorado do CNPq (Bolsa de Pós-Doutorado Júnior - PDJ/CNPq: 150038/2018-6) junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Professor Substituto no Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

Atualmente é Bolsista de Pós-Doutorado do CNPq (Bolsa de Pós-Doutorado Júnior - PDJ/CNPq: 150038/2018-6) junto ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Professor Substituto no Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), com bolsa CAPES. Realizou estágio doutoral no exterior, com bolsa CAPES/PDSE, junto ao Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA/ISCTE-IUL), em Lisboa/Portugal. É mestre em Ciências da Comunicação também pela UNISINOS, com bolsa CNPq. Realizou estágio junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (3 meses). É jornalista pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com bolsa FNDE. Integra os grupos de Pesquisa Núcleo de Estudos Tramas Comunicacionais: Narrativa e Experiência (UFMG), Convergência e Jornalismo (ConJor) (UFOP) e o Laboratório de Investigação do Ciberacontecimento (LIC - UNISINOS).

Christian Gonzatti, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Doutorando e Mestre em Ciências da Comunicação, com ênfase em Processos Midiáticos, na linha de pesquisa de Linguagens e Práticas Jornalísticas pela Unisinos, com bolsa da CAPES. Graduado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, também pela Unisinos, com bolsa integral. Membro do LIC, Laboratório de Investigação do Ciberacontecimento, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos.

Publicado

02-12-2019

Como Citar

HENN, R.; MACHADO, F. V. K.; GONZATTI, C. Todos nascemos nus e o resto é drag: performatividade dos corpos construídos em sites de redes sociais. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 42, n. 3, 2019. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/3243. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos