Anacronias da crítica literária em jornal: a transição da matriz romântica ao rodapé

Autores

Palavras-chave:

crítica literária, crítica de rodapé, José Veríssimo, Romantismo, História do jornalismo

Resumo

Tema pouco explorado na área da Comunicação, a crítica literária, no entanto, ocupou lugar de destaque na cultura jornalística em período no qual a literatura também desfrutava de grande prestígio na sociedade. O artigo tem como objetivo analisar a crítica literária em conjunção com a atividade jornalística no Brasil, a partir de três momentos: o que chamamos de "matriz romântica", a consolidação na virada do século XIX ao XX, até a invenção da "crítica de rodapé" na primeira metade do século passado. Em termos metodológicos, toma-se como base o conceito de "rede discursiva" desenvolvido por Kittler, que auxilia na compreensão sobre as origens da crítica no Romantismo e sobre como os jornais valorizam determinados tipos de articulação textual em diferentes períodos. Desse modo, busca-se lançar luz sobre um processo ainda pouco estudado, ao se observar uma clivagem entre a crítica e a reportagem, que no ambiente das mídias digitais passa por novas reconfigurações.

Biografia do Autor

Rachel Bertol Domingues, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016). Professora substituta na graduação de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF). É pesquisadora do grupo Imprensa e Circulação de Ideias: o papel dos periódicos nos séculos XIX e XX, da Fundação Casa de Rui Barbosa e integra o Núcleo de Estudos e Projetos em Comunicação (Nepcom), da UFRJ (ambos grupos certificados pelo CNPq) . Realizou Doutorado Sanduíche na Universidade de Princeton, nos EUA, entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015, e foi pesquisadora da Fundação Biblioteca Nacional (2015-2016), com bolsa do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa (Pnap). Foi professora substituta na graduação de jornalismo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Possui graduação em Comunicação Social (jornalismo) pela UFRJ (1993) e Mestrado em Comunicação e Cultura pela mesma universidade (2003). Foi responsável pela redação do livro "Memória de Repórter - Lembranças, casos e outras histórias de jornalistas brasileiros (décadas de 1950 a 1980)", do Centro de Cultura e Memória do Jornalismo Brasileiro; editora da publicação "Princípios Inconstantes", do Itaú Cultural, sobre jornalismo cultural e novas mídias; e coordenadora de publicações do Projeto de Homenagem ao Brasil na Feira do Livro de Frankfurt de 2013, quando, entre outras atividades de editoração e comunicação, coordenou a criação da Machado de Assis Magazine, revista de divulgação da literatura brasileira no exterior. Trabalhou por 15 anos no jornal O Globo (nas editorias de Economia, Política Internacional, Cultura e no suplemento Prosa & Verso, tendo sido repórter, redatora e editora), além de trabalhar e colaborar para publicações como Valor Econômico, o jornal francês Le Monde, Jornal do Commercio e a revista bilíngue (inglês/francês) Europ.

Publicado

28-04-2020

Como Citar

DOMINGUES, R. B. Anacronias da crítica literária em jornal: a transição da matriz romântica ao rodapé. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 43, n. 1, 2020. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/2667. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos