O paradoxal estatuto do conhecimento jornalístico: entre a desconsideração e o protagonismo do saber produzido pelas notícias nas sociedades modernas

Autores

  • Isabelle Anchieta Universidade Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.1590/rbcc.v34i2.720

Palavras-chave:

Conhecimento Jornalístico. Crise dos Metarrelatos. Legitimidade. Tobias Peucer. Robert Park.

Resumo

 

O conhecimento jornalístico produz um debate paradoxal: por um lado é a forma mais adequada de conhecer o presente e os fatos distantes tornando-se central nas sociedades modernas; por outro é tido como um conhecimento insuficiente, fragmentado e ideologicamente comprometido sobre realidade social. Neste artigo questionaremos: qual é, afinal, o estatuto do conhecimento jornalístico nas sociedades modernas? Iremos inserir a discussão no contexto da crise das narrativas e da ciência como verdade. Seus efeitos atingem o jornalismo de forma particular e instauram um dilema: se ele não pode legitimar-se em sua cientificidade estaria assim mais próximo do conhecimento do senso comum? Para tanto iremos comparar duas perspectivas teóricas fundadoras sobre o conhecimento noticioso: a do alemão Tobias Peucer, no século 17, e do americano Robert Park, no século 20. Nessa comparação nos interessa observar o que muda, mas especialmente o que permanece nas práticas noticiosas para, enfim, compor um ethos do conhecimento jornalístico.

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Publicado

16-12-2011

Como Citar

ANCHIETA, I. O paradoxal estatuto do conhecimento jornalístico: entre a desconsideração e o protagonismo do saber produzido pelas notícias nas sociedades modernas. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, São Paulo, v. 34, n. 2, 2011. DOI: 10.1590/rbcc.v34i2.720. Disponível em: https://revistas.intercom.org.br/index.php/revistaintercom/article/view/720. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos